quarta-feira, 16 de março de 2011

Escritor da Semana: Marcelo Rubens Paiva

Como prometido essa semana irei postar sobre um dos meus escritores preferidos.

Marcelo Rubens Paiva.
Nascido em São Paulo em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1966, depois que seu pai, o ex-deputado federal socialista Rubens Paiva, foi cassado e exilado pelo Golpe Militar de 64.Aos 11 anos de idade, Marcelo sofreu o primeiro grande baque de sua vida: o desaparecimento do pai (o ex-deputado federal Rubens Paiva) pela ditadura militar, que depois de preso foi torturado e morto no Rio de Janeiro.      Um despertar violento da consciência política. Voltou a morar em São Paulo em 1974. Estudou na tradicional escola Colégio Santa Cruz. E então aos 20 anos de idade , ele sofreu o segundo grande baque: um acidente que o deixou tetraplégico. Depois estudou Comunicações na USP e Teoria |Literária Unicamp. Hoje, com muita fisioterapia, voltou a locomover as mãos e os braços. Fatos relatados no seu primeiro livro Feliz Ano Velho.
Desde 1989, depois que estudou dramaturgia no CPT do Sesc, em São Paulo, passou a escrever para teatro. Estreou no teatro com a peça 525 Linhas, dirigida por Ricardo Karman. Em 1998, montou E aí, Comeu?, peça dirigida por Rafael Ponzi, que depois mudou de nome pra Da Boca Pra Fora. Com ela, ganhou o Prêmio Shell, melhor autor, em 2000.
Os livros Feliz Ano velho e Blecaute foram publicados inicialmente pela Editora Brasiliense. Hoje o autor mantém contrato com a Editora Objetiva.
Rafael Ponzi ainda dirigiu suas peças Mais-que-Imperfeito (2001) e Closet Show(2003).
Marcelo Paiva adaptou o livro As Mentiras que Os Homens Contam para o teatro. Em 2003, estreou a peça No Retrovisor, com Marcelo Serrado e Otávio Müller, dirigida por Mauro Mendonça Filho. Em 2006, fez a peça Amo-te, dirigida pelo mesmo Mauro Mendonça. A partir de 2009, passou a dirigir suas próprias peças. A primeira experiência foi com A Noite Mais Fria do Ano, com Hugo Possolo, Paula Cohen, Alex Gruli e seu amigo e também dramaturgo Mário Bortolotto. Em 2010, dirigiu O Predador Entra na Sala, com Raul Barreto, Anna Cecília Junqueira e Celso Melez, e o texto teatral da autora Priscila Nicolielo, Lá Fora, Algum Pássaro Dá Bom Dia.
Participou de projetos teatrais como Mostra de Teatro do Sesi com a peça Os Marcianos, do Festival de 1 Minuto no Espaço Parlapatões, Teatrokê, Terça Insana. Escreveu também para TV Globo episódios com Pedro Cardoso para o Fantástico, e com João Falcão para a série Guerra dos Sexos.
Trabalhou também muitos anos na imprensa escrita. Começou na Veja, em que foi crítico literário, passou pela VogueFolha de S. Paulo, como colunista, articulista e repórter, e desde2004 é colunista aos sábados do Caderno 2, do Estadão, onde também mantém o blog premiado pelo TopBlog de 2009 como Melhor Blog de Comunicação.
Nos anos 90 chegou a apresentar um programa de entrevistas na TV Cultura de São Paulo, o já extinto Fanzine.

Feliz Ano Velho

Em 1981 escreveu um livro sobre o acidente que lhe ocorreu, Feliz Ano Velho, publicado em 1982, que foi traduzido para muitos idiomas e se converteu no livro nacional mais vendido dos anos 80, contando com mais de quarenta edições. Segundo o livro, seu acidente decorreu de um salto em um lago, no qual fraturou uma vértebra (5ª Cervical) do pescoço ao chocar a cabeça em uma pedra. O livro virou peça dirigida por Paulo Betti e também filme, dirigido por Roberto Gervitz. Ganhou os prêmios Jabuti e Moinho Santista.

Obras dele:
  • Feliz Ano Velho (1982)
  • Blecaute (1986) (um dos meus favoritos)
  • Ua:brari (1990)
  • As Fêmeas (1992)
  • Bala na Agulha (1994)
  • Não és Tu Brasil (1996)
  • Malu de Bicicleta (2004)
  • O Homem que Conhecia as Mulheres (2006)
  • A segunda vez que te conheci (2008)

terça-feira, 15 de março de 2011

Galo Frito faz BUM

Mais uma vez chorei de tanto rir com o vídeo do Galo Frito a tão esperada paródia do Reestart. Assistam que vale muito a pena.